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Gestão de Marca Além do Luxo: Lições de Carlos Ferreirinha sobre Branding e Experiência

O que aprendi sobre estratégia, diferenciação e o verdadeiro papel das marcas na nova economia da experiência.


Ele mostrou em sua palestra em Campo Grande quinta passada, no dia 16 de outubro, que gestão de marca vai muito além do luxo. Entenda por que o branding estratégico é sobre gestão, não glamour — e como os sinais da vida revelam oportunidades reais de diferenciação.


Imagem com homens representando arquétipos do herói, explorador e criador.
Carlos Ferreirinha - Sócio Fundador da MCF — Foto: MCF/divulgação

Gestão de Marca Além do Luxo


Na noite de ontem, Campo Grande recebeu um dos nomes mais influentes do branding e da gestão de marcas no Brasil: Carlos Ferreirinha. Sua palestra foi um evento organizado e realizado por Bia Figueiredo, que trouxe para Campo Grande uma visão ampla e contemporânea sobre o papel da marca — não como um logotipo ou discurso de posicionamento, mas como um sistema de gestão orientado à criação de valor real.


O ponto que mais me marcou foi a forma como Ferreirinha desmistifica o elitismo do branding. Para ele, a gestão estratégica de marca não é exclusividade do luxo. O luxo é apenas uma lente — um laboratório de diferenciação — que ensina princípios aplicáveis a qualquer negócio, seja ele uma boutique de alto padrão ou uma empresa popular que entrega excelência. O diferencial não está no segmento, mas na gestão, na visão e na capacidade de execução.


Gestão de Marca é Gestão de Negócio


Ferreirinha fala sobre marca com o pragmatismo de quem entende de números, não de modismos. Ele defende que branding é uma competência de gestão, não um departamento de marketing. A marca é o reflexo de uma empresa bem organizada, com propósito claro, processos coerentes e pessoas alinhadas.


Um ponto forte da palestra foi sua leitura sobre a transição da era da qualidade para a era da experiência:


“Qualidade não diferencia mais — é o ponto de partida. O que diferencia é a emoção que você provoca.”

A experiência, nesse contexto, deixa de ser um adereço estético e se torna o motor da desejabilidade. Marcas que não falam apenas com a razão, mas com o coração, constroem um espaço emocional na mente e na memória das pessoas.


“Qual Crise?”


Uma das frases mais provocadoras da noite foi:


“Qual crise? De quem, onde, em qual contexto?”

Ferreirinha descontrói o discurso repetido de que o Brasil vive uma crise. Com base em dados concretos — crescimento do turismo, da hotelaria, da construção civil e do consumo — ele mostra que o país está em transformação, não em recessão.


Há um Brasil que dá certo. E o papel das marcas é enxergar esse Brasil real, que cresce, inova e cria valor.


Não Existem Verdades Imutáveis


Outro ponto essencial da palestra foi a rejeição às verdades absolutas. Ferreirinha defende que não existe uma fórmula definitiva para o sucesso. Cada empresa deve construir seu próprio caminho, testando hipóteses, observando sinais e ajustando rotas.


“A competitividade está em ler o mercado rapidamente — não em prever o futuro.”

Essa mentalidade experimental é o antídoto contra o conservadorismo e a repetição. É o que mantém as marcas vivas, contemporâneas e criativas.


Os Quatro Sinais da Vida


Ferreirinha sintetizou sua leitura de mercado em quatro grandes sinais, que funcionam como bússolas estratégicas para o branding contemporâneo:


  1. A Casa Protagonista: o lar virou o centro da vida. Crescimento recorde em imóveis, decoração e ambientação. A casa é hoje a principal plataforma de experiência.

  2. O Turismo em Alta: o turismo global vive seu melhor momento em 30 anos. As pessoas buscam escapismo e pertencimento, e o Brasil, com sua leveza, tem um papel emocional único.

  3. O Etarismo Flexível: longevidade é o novo mercado. As pessoas vivem mais, consomem mais e permanecem ativas.

  4. O Social Wellness: a busca por bem-estar, pausas e conexão genuína redefine o que é luxo. O novo status é viver bem.


Esses sinais são oportunidades claras de inovação para marcas que desejam antecipar tendências e criar diferenciação autêntica.


Da Previsão à Leitura de Cenário


Ferreirinha lembrou que não se trata de prever o futuro, e sim de interpretá-lo em tempo real. As empresas que sobreviverão são aquelas capazes de encurtar o tempo entre a ideia e a execução. Menos reunião, mais protótipo. Menos discurso, mais entrega.


Essa é a nova métrica da gestão de marca: a velocidade de adaptação.


A Síntese: Fazer Diferente


Ao final, Ferreirinha resumiu tudo em uma provocação simples e poderosa:

“Não importa o que você faça — faça diferente.”

Fazer diferente é o verdadeiro luxo. É o que separa quem segue tendência de quem cria movimento. A diferenciação é uma escolha — e, hoje, uma questão de sobrevivência.


Pessoas Inspiram Pessoas


Ferreirinha encerrou sua fala com uma frase que, para mim, é o coração de toda estratégia de marca:

“Pessoas cuidam de pessoas. Pessoas inspiram pessoas. Pessoas desenvolvem pessoas.”

Saí da palestra com a convicção de que branding é inteligência de gestão com alma humana. Não há crise quando há propósito. Não há verdade absoluta quando há curiosidade. E não há limite para uma marca que entende que a experiência é o novo valor.


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© 2025 por LP BRANDING

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