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A Transformação do Varejo Farmacêutico em Campo Grande: Lições da Concorrência e Evolução

Nos últimos anos, o cenário do varejo farmacêutico em Campo Grande sofreu uma revolução marcante. Com o desaparecimento de uma tradicional rede familiar, a São Bento, a imponente Drogasil, uma gigante nacional, impôs uma mudança de paradigma no mercado local.


A ascensão da Drogasil, pertencente à RaiaDrogasil, é notável. Originada em 1935 a partir da fusão das Drogarias Bráulio e Brasil, a rede se tornou a maior do Brasil e da América Latina, com mais de 2.500 lojas em todos os estados do país, incluindo o Distrito Federal. A estratégia agressiva e o posicionamento definido da Drogasil não apenas conquistaram consumidores, mas também tornaram sua identidade visual amplamente reconhecida.



A marca Drogasil, representada pelo distintivo vermelho e branco, iluminação envolvente e estacionamentos amplos, criou uma experiência visual de clareza, confiança e acessibilidade para os clientes. Notavelmente, a estratégia da Drogasil no "Ponto de Venda" destaca-se, transformando-a em uma das marcas mais reconhecidas no Brasil sem depender fortemente de mídias de massa, como a televisão.


Contudo, o impacto da Drogasil transcende suas próprias fronteiras. O fenômeno referencial desencadeado pela rede influenciou até mesmo os concorrentes locais. Surgiu uma tendência de imitar não só as cores e layouts, mas também a arquitetura comercial e cenografia de luz das lojas da Drogasil. O estacionamento amplo, bem iluminado e sinalizado tornou-se uma norma, consolidando a Drogasil como um padrão a ser seguido.


A imitação revela-se como uma estratégia de sobrevivência para os concorrentes locais. A busca pela fórmula de sucesso da Drogasil mostra, a despeito da cópia nem sempre sutil, como a concorrência pode impulsionar a melhoria de um setor inteiro. Embora alguns possam argumentar que falta originalidade aos concorrentes, é inegável que a referência do líder oferece uma valiosa lição sobre o que funciona no mercado, além de contar com a expectativa de que cada um, com o tempo, encontre seu tom de voz e seu próprio posicionamento.

A reflexão que se impõe é que a concorrência, longe de ser um obstáculo, pode elevar o nível não apenas dos concorrentes, mas do setor como um todo. A busca incessante por inovação e eficiência impulsionada pela competição resulta em benefícios para os consumidores, estimulando a criação de novos padrões e elevando a qualidade dos serviços oferecidos.


O caso da Drogasil em Campo Grande não só demonstra o sucesso de uma estratégia, mas também enfatiza o papel crucial da concorrência como um catalisador positivo para o desenvolvimento e melhoria contínua no setor varejista de farmácias. Embora alguns possam interpretar que a concorrência intensa da Drogasil foi diretamente responsável pelo declínio da rede que dominou o mercado local por décadas, a verdade é que, como ocorre em muitos outros casos do mercado, a antiga rede gradualmente perdeu terreno devido à falta de inovação e à falta de um ambiente competitivo, o que permitiu sua supremacia por muitos anos e seu rápido declínio.


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Luciano Ishi Porto, graduado em Administração, especializado em Branding, Marketing e Propaganda, possui 25 anos de experiência. Trabalhou em empresas de destaque no varejo e na comunicação, incluindo a RMC - Afiliada da Rede Globo em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Desde 2010, atua como especialista em branding, desenvolvendo projetos que abrangem desde a criação de marcas gráficas até a elaboração de planos estratégicos com plataformas de marca, tom de voz, posicionamento e identidade visual.

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